18 de abr. de 2013

História - Estado Novo

Introdução.

Bom, neste post aprenderemos sobre: História do Brasil durante o Estado Novo, golpe de estado, populismo, leis trabalhistas, desenvolvimento econômico e industrial, censura, DIP, constituição, realizações de Getúlio Vargas, e o  fim do Estado Novo.


O Estado Novo é o nome que se deu ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil de 1937 a 1945. Este período ficou marcado, no campo político, por um governo ditatorial.


Desenvolvimento.

Estado Novo



“Estado Novo” é o nome do regime político brasileiro fundado por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, que durou até 29 de outubro de 1945, que é caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e por seu autoritarismo.

O Golpe do Estado de 1937





Em 30 de setembro de 1937, quando se aguardavam as eleições presidenciais marcadas para janeiro de 1938, a serem disputadas por José Américo de Almeida e Armando de Sales Oliveira, ambos apoiadores da revolução de 1930, foi denunciado, pelo governo de Getúlio, a existência de um suposto plano comunista para tomada do poder. Este plano ficou conhecido como Plano Cohen, e depois se descobriu ter sido forjado por um adepto do integralismo, o capitão Olímpio Mourão Filho, o mesmo que daria início ao Golpe Militar de 1964.

Há várias versões e dúvidas sobre o Plano Cohen: Os integralistas negam ainda hoje participação deles no golpe de estado do Estado Novo, atribuindo ao general Góis Monteiro a transformação de um relatório feito pelo Capitão Mourão em um documento oficial: O dito Plano Cohen.
Com a comoção popular causada pelo Plano Cohen, com a instabilidade política gerada pela Intentona Comunista, com o receio de novas revoluções comunistas e com as seguidas vezes em que foi decretado estado de sítio no Brasil, foi sem resistência que Getúlio Vargas deu um golpe de estado e instaurou uma ditadura na quarta-feira de 10 de novembro de 1937, através de um pronunciamento transmitido por rádio a todo o País.















DIP e Estado Novo - BRESCOLA


No preâmbulo da Constituição de 1937, é explicada a razão da implantação do Estado Novo:

O Presidente da República dos Estados do Brasil

Atendendo às legitimas aspirações do povo brasileiro à paz política e social, profundamente perturbada por conhecidos fatores de desordem, resultantes da crescente agravação dos dissídios partidários, que uma notória propaganda demagógica procura desnaturar em luta de classes, e do extremamento de conflitos ideológicos tendentes, pelo seu desenvolvimento natural, resolver-se em termos de violência, colocando a Nação sob a funesta iminência da guerra civil: 
  • Atendendo ao estado de apreensão criado no País pela infiltração comunista, que se torna dia a dia mais extensa e mais profunda, exigindo remédios, de caráter radical e permanente; 
  • Atendendo a que, sob as instituições anteriores, não dispunha, o Estado de meios normais de preservação e de defesa da paz, da segurança e do bem-estar do povo; 
  • Com o apoio das forças armadas e cedendo às inspirações da opinião nacional, umas e outras justificadamente apreensivas diante dos perigos que ameaçam a nossa unidade e da rapidez com que se vem processando a decomposição das nossas instituições civis e políticas; 
  • Resolve assegurar à Nação a sua unidade, o respeito à sua honra e à sua independência, e ao povo brasileiro, sob um regime de paz política e social, as condições necessárias à sua segurança, ao seu bem-estar e à sua prosperidade, decretando a seguinte Constituição, que se cumprirá desde hoje em todo o país.

10 de Novembro de 1937 – vargas instaura o Estado Novo.

O último grande obstáculo que Getúlio Vargas enfrentou para dar o golpe de estado foi o bem armado e imprevisível interventor no Rio Grande do Sul, Flores da Cunha, mas este não resistiu ao cerco de Getúlio e se refugiou no Uruguai, antes do golpe do Estado Novo (1937).

Políticos da época, como o almirante Ernâni do Amaral Peixoto, que acompanhou de perto a implantação do Estado Novo e era genro de Getúlio, acreditavam que a implantação do Estado Novo não era obra particular de Getúlio, e viria, de uma forma ou de outra, porque, como mostra o preâmbulo da Constituição de 1937, transcrito acima, os militares não aceitavam a subversão reinante, no Brasil, naquela época. Afirmou Amaral Peixoto:


A Guerra Mundial e o Fim do Estado e Novo
  • Segunda Guerra
Com o início da Segunda Guerra Mundial, em setembro de 1939, Getúlio Vargas e os militares mantiveram um posicionamento neutro até 1941. Enquanto aopinião pública se dividia: havia simpatia pelos países do Eixo Itália-Alemanha-Japão entre boa parte dos imigrantes daqueles países e integralistas, por outro lado a maioria dos afro-descendentes e os comunistas (principalmente após a invasão da Rússia soviética em junho de 1941),1 que por sua vez tinham grande poder de mobilização e influência na imprensa, simpatizavam com os aliados. Durante este período Getúlio chegou a escrever em seu diário:
  • Fim do Estando Novo
Com o final da 2ª Guerra Mundial (1945) e a derrota das nações fascistas, a opinião pública começou a contestar o regime ditatorial varguista. Intelectuais, artistas, profissionais liberais e grande parcela do povo queriam a volta da democracia ao país. A pressão para a renúncia de Vargas aumentava a cada dia. No dia 29 de outubro de 1945, um movimento militar, liderado por generais, depôs do poder Getúlio Vargas. 




Conclusão


O governo de Vargas, durante o Estado Novo, apresentou pontos positivos e negativos para o país. Na área econômica, o país fez grandes avanços com a modernização industrial e investimentos e infra-estrutura. Os trabalhadores também foram beneficiados com leis trabalhistas, garantindo diversos direitos. Porém, no aspecto político, o Estado Novo significou a falta de democracia, censura e aplicação de um regime de caráter populista.

Segue abaixo as imagens obtidas:


Edda Mussolini, filha de Benito Mussolini, é recebida por Ademar de Barros durante a sua visita à São Paulo, em 1939. De princípio, o Estado Novo nutria uma simpatia com o nazi-fascismo.


Getúlio Vargas (centro) e Roosevelt (à direita) - ambos de chapéu panamá - durante a Conferência de Natal. Janeiro de 1943. Agência Brasil.

Vargas - Estado Novo



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